20 março 2007

TREINAMENTO : Custo ou Investimento?

A discussão não é nova, mas é atual. Isso porque ainda é assunto não resolvido em muitas organizações. Afinal, o dispêndio financeiro com treinamento deve ser classificado como custo ou como investimento? Em princípio, a questão levantada deveria ser um tema interno restrito à área contábil. Mas não é. A área de R.H também tem interesse por esse assunto.
A classificação contábil pode ser um reflexo da forma como a liderança realiza a classificação mental do que é treinamento. Essa classificação ou conceito de treinamento para a organização determinará a forma como o mesmo é praticado.
Quando entendido como mero custo, o treinamento é encarado como um mal necessário. Não se sabe exatamente a que fim serve, mas todas as organizações praticam e, por isso, deve ter alguma utilidade. Ou ainda, treina-se apenas para atender às exigências de órgãos fiscalizadores oficiais ou de clientes.
Entender o tema sob essa primeira abordagem conceitual é importante, mas não é suficiente, pois a liderança pode, por mera conveniência, alardear que vê o treinamento como um investimento, mas sem refletir este discurso na prática.
Para saber se a organização é consistente ao classificar o treinamento como investimento, propõem-se algumas questões:

1) A organização tem metas estabelecidas?
Se não, a que o treinamento estará alinhado?

2) A organização identificou as competências que já possui ou que deseja possuir?
Caso negativo, como será possível um planejamento de treinamento para aprimorar e (ou) desenvolver competências?

3) A organização tem um programa estruturado para reter os talentos em
áreas identificadas como vitais para o negócio?
Se mais uma vez a resposta for negativa, significa que as pessoas não
praticam na organização o conhecimento adquirido e – o agravante –
terminam por fazê-lo na concorrência.

Nesses três casos, sem dúvida, o treinamento é um custo, pois não dá retorno à organização, ou o faz abaixo do potencial possível.
Se as respostas às questões anteriores forem afirmativas isso irá mostrar que o treinamento pode, de fato, contribuir de forma decisiva para o sucesso do negócio da organização.
Para usar os termos que normalmente se atribuem a estas palavras, Treinamento e Desenvolvimento são, respectivamente, preparar os colaboradores para as funções que lhes cabe executar agora e prepará-los, ou alguns deles, para funções que virão a exercer. Ou seja, ter um olho no presente e outro no futuro. E quando se pensa em futuro, a palavra ‘Investimento’ faz sentido. Quando a organização consegue projetar as necessidades de competências que ainda terá, torna-se capaz de ver o treinamento como um investimento. Neste caso, o treinamento alarga seu potencial de produzir frutos para o presente e para o futuro.


Fonte: Revista Negócios Offshore
Por : Humberto Santos MBA em Gestão de R.H pela FGV.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

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quinta-feira, 31 dezembro, 2009  

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