29 novembro 2006

H 2 S - O Gás da Morte.

Ele pode originar-se de várias fontes e muitas vezes éresultante de Processos de
biodegradação. Por exemplo: a decomposição de matéria orgânica vegetal e animal.
Este gás já foi o responsável por diversos acidentes, sendo alguns deles fatais, pois é extremamente tóxico e inflamável, exigindo vigilância permanente e um plano de controle de emergência específico. Em algumas plataformas os empregados mantém máscaras de fuga, presas a sua cintura durante 24 horas do dia e disponíveis para uso a qualquer momento.
Na Indústria do Petróleo o H 2 S poderá estar presente nos reservatórios de petróleo e nos campos onde há injeção de água do mar. Pode ser resultante de mecanismos de dissolução de sulfetos minerais, da decomposição de compostos orgânicos sulfonados etc. Outra fonte de H 2 S tem sido atribuída à atividade de bactéria redutora de sulfato BRS - no interior do reservatório.
A contaminação por BRS das instalações de superfície planta de processo e tanques e também dos oleodutos por estas bactérias aliada as condições favoráveis ao seu desenvolvimento pode resultar em geração de H 2 S, como resultado de seu metabolismo. Condições do tipo: estagnação, anaerobiose (ausência de oxigênio), presença de nutrientes (fontes de enxofre, como o sulfato presente na água produzida e na água do mar) e temperatura adequada ao grupo de bactéria presente no meio favorecem o processo microbiológico. Este processo tende a ser mais intenso onde houver acúmulo de material sedimentável e borras.

Características:
Muito tóxico; Incolor; Mais pesado que o ar; Tem odor de ovo podre a baixas concentrações, mas inibe o sentido do olfato em concentrações elevadas; Forma misturas explosivas com o ar; Ataca o aço e selos de borracha rapidamente.

Corrosivo
Na queima produz o gás SO 2 - Dióxido de Enxofre. Também conhecido como gás sulfídrico e sulfeto de hidrogênio. Apesar do termo gás o H2S, que é solúvel em água, poderá estar na forma dissolvida e que , sob certas condições, é liberado para a atmosfera, sob a forma de gás. Este se for inalado, poderá causar danos à saúde dos seres vivos. Portanto, se o H2S está em contato com a água, esta também o conterá, liberando-o para a atmosfera. Por ter densidade maior que o ar, são esperadas concentrações mais elevadas nos pontos mais baixos.O H2S acima de 10 ppm pode inibir o sistema olfativo e lhe dar uma falsa sensação da inexistência do gás, uma pessoa exposta ao H2S pode pensar que a concentração do gás está diminuindo, quando na realidade poderáestar aumentando dependendo da sensibilidade do indivíduo este fenômeno pode ocorrer em menores concentrações. A susceptibilidade ao envenenamento pelo H2S varia de acordo com a concentração e o tempo das exposições a este gás.

Aonde poderá estar presente?
Pode ser encontrado em processos de produção e refino de petróleo, sistemas de esgoto, indústria de papel, águas subterrâneas e numa variedade de processos industriais. Locais onde haja estagnação de água com quantidades variadas de matéria orgânica / nutrientes e em ambientes contaminados com bactérias, estão sujeitos a processos de geração de H2S. Portanto, tanques de slop, tanques com água produzida parada por muitos dias, anel de incêndio com água estagnada que não foi clorada e parada por alguns meses, etc.







Quais são os efeitos danosos ao homem?
Os efeitos de uma intoxicação com este gás são sérios, similar aos do monóxido de carbono, porém, mais intensos, e podem permanecer por um longo período de tempo podendo causar danos permanentes. Este gás tóxico paralisa o sistema nervoso que controla a respiração, incapacitando os pulmões de funcionar, provocando a asfixia.

Concentração de H2S (ppm) partes por milhão Efeito nos seres humanos. 

- 30 ppm - > Odor forte e desagradável, mas não intolerável. Provoca tosse e imediata irritação dos olhos. Máxima concentração permissível para curto período de exposição ( 10 minutos por turno de 8 horas);. 
- 50 ppm - > Pronunciada irritação dos olhos, garganta e pulmões, mas é possível respirar por alguns minutos; 
- 100 ppm - > Tosse, irritação dos olhos, perda do olfato após 2 a 5 minutos de exposição; 
- 200 ppm - > Inflamação nos olhos e irritação no sistema respiratório após uma hora de exposição; 
- 500 ppm - > Perda da consciência e possível morte em 30 minutos à uma hora;
- 700 ppm a 1000 ppm - > Inconsciência imediata, paralisação da respiração e morte. Poderá resultar em danos celebrais permanentes;
- 1000 ppm a 2000 ppm - > Inconsciência instantânea, com parada respiratória e morte em poucos minutos. A morte poderá ocorrer mesmo se houver remoção para ambiente não contaminado. Ocorrem danos celebrais.

O que fazer em caso de detecção de H2S?
Havendo suspeita ou detecção de H2S em algum ponto da Instalação, deverão ser adotadas as seguintes orientações:


1. Retirar-se do local e dirigir-se para local bem ventilado;
2. Comunicar imediatamente a sala de controle .
A sala de controle deverá acionar imediatamente o Técnico de Segurança;
3. O Técnico de Segurança deverá equipar-se com conjunto autônomo de respiração
e detector portátil de gás para monitorar a presença do gás;
4. Confirmada a presença do gás, e dependendo da quantidade, o Técnico de Segurança
acionará o plano de ação específico para cada caso.


Primeiros Socorros.


1. Equipar-se com conjunto autônomo de respiração;
2. Avaliar o local do acidente;
3. Havendo possibilidade, resgatar o acidentado e leva-lo para um local ventilado. Caso
Contrário, solicitar auxílio de uma equipe de resgate;
4. Requisitar a presença do técnico (a) de enfermagem para dar continuidade aos
primeiros socorros.


Recomendações Gerais e Medidas Preventivas (Síntese).

-
Evitar condições de estagnação de água de produção e água do mar, seja vasos de pressão, tanques e linhas;

- Manter os sistemas que manuseiam água de produção com o menor quantidade de depósito possível, através de limpezas mais freqüentes;


- Todo aditivo empregado em sistemas onde haverá pontos de estagnação ou confinamento, não deverá construir-se de substâncias que possam vir a ser utilizadas como nutriente ou sofrer decomposição;

- Sempre que houver necessidade de drenar para a atmosfera água estagnada, seguir os procedimentos de segurança indicados para uma possível ocorrência de H2S, especialmente em ambientes confinados;

- Todos os envolvidos nas operações de sistemas de produção, armazenagem e transferência de óleo e água de formação devem conhecer os procedimentos de segurança, operacionais e de emergência utilizados em situações onde há presença de H2S.


Fonte:
Revista PORTALSMS - Jan.2006
Artigo : Sr. Luciano Barros.

24 novembro 2006

Carga Tributária sobre Salários no Brasil.

Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o governo abocanha entre 42% e 82% dos salário líquidos: É incontestável que a carga tributária é o principal fator impeditivo do desenvolvimento econômico, afirma o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.

O trabalho conclui que a carga tributária sobre salários no Brasil (42,5%) é a segunda maior do Mundo, ficando atrás apenas da Dinamarca (42,9%).
Segundo Amaral, a incidência de impostos sobre produção e salários representa cerca de 76% da arrecadação tributária do País, trazendo enorme injustiça fiscal, inibindo o crescimento econômico e sendo a principal razão do aumento da economia informal.

O IBPT denuncia , ainda, que a tributação sobre os salários evolui a cada ano: A percentagem, que era 41,71% (2002),passou para 42,15% (2003) e evoluiu para 42,50% (2005). O custo médio da tributaçãopara os empregados passou de18,76% (2002) para 19,89% (2003) e para 20,43% (2005), representando impacto negativo de 1,67 ponto percentual na renda dos trabalhadores entre 2002 e 2005, critica o IBPT.

Amaral afirma que esta evolução permanente se dá por dois motivos, basicamente:

- O congelamento da tabela do I.R ;
- O aumento do teto máximo de contribuição do INSS, que tem acompanhado o salário mínimo.

Amaral calcula que a carga sobre a economia formal já chega a 54,82% do PIB: Para cada R$ 100 de riqueza líquida produzida, é necessário pagar R$ 60 de tributos, o que cria um impacto na geração de empregos formal no País.

Amaral afirma ainda que, ao mesmo tempo que o tributo tira poder de compra, encarece produtos e serviços, reduzindo o consumo.

Conclui: Com inflação baixa, empresas acabam não tendo espaço para repassar os preços e acabam fugindo do emprego formal.



Fonte: Diário de Macaé.

14 novembro 2006

INFOR 06 - Parte B - Instrução Técnica Resolvida.

Seguindo o passo a passo do INFOR 05 - Parte B, descrevemos abaixo uma Instrução Técnica P.M - Via Úmida Colorida.

Material: Aço Carbono
Junta : Em ângulo T
Temperatura: 45 graus C

Luminosidade: 700 lux
Condição da superfície: Bruta de Soldagem


1 Introdução
Esta Instrução Técnica tem como objetivo a realização de ensaio por partículas magnéticas através da técnica do yoke em junta em ângulo de aço carbono , com a finalidade de detectar trincas superficiais de soldagem , utilizando-se como documento de referência o Procedimento PR-003 Rev. 4 (Março/2004) e Norma ASME - Seção V Ed. 2001.

2 Pessoal Autorizado.
A realização do ensaio deverá ser feita somente por pessoal qualificado pelo Sistema Nacional de Qualificação e Certificação
(SNQC/END) como PM-N1-Y ou PM-N2-SY.


3 Produtos e Equipamentos a serem utilizados e requisitos adicionais.
A Inspeção será realizada utilizando a técnica do yoke partícula magnética via úmida colorida.
- Yoke eletromagnético de corrente alternada;
- Partícula Magnética via úmida colorida;
- Condicionador para partículas magnéticas;
- Tubo decantador tipo Pêra;
- Pirômetro de Contato;
- Luxímetro;
- Bloco Padrão de 5,5 Kg;
- Indicador de Campo Magnético;
- Luminária Auxiliar;
- Trena Calibrada.
A inspeção será realizada utilizando a técnica de magnetização longitudinal através do emprego do yoke de corrente alternada com partículas via úmida colorida. O banho das partículas será preparado com água e com adição de condicionador do mesmo fabricante das partículas. O banho só poderáser utilizado se as partículas estiverem dentro do prazo de validade e após a decantação por 30 mim. Em tubo decantador tipo pêra e a concentração deverá estar entre 1,2 e 2,4 ml. Conforme item 7 do procedimento PR 003.


4 Produto (descrição ou desenho, incluindo área de interesse a propósito do ensaio).
O ensaio deverá ser feito em 100% da solda, mais 25 mm adjacentes para cada lado da solda, conforme esquema se sobreposição abaixo:
· Galera! Neste ponto da I.T, fazer o desenho conforme o PR 003 Técnica de Sobreposição Item 13.3 - 1.a e 2.a etapa.


5 Condição do Ensaio e Preparação do Ensaio (END)
A superfície da peça a ser ensaiada + 25 mm adjacente deve estar seca e livre de carepas, graxas , óleo, fluxos, escória, tintas e outros materiais que possam interferir na execução do ensaioe deverá ser preparada usando escova de aço manual ou rotativa caso seja necessário, utilizar esmerilhadeira para remoção de respingos e corpos estranhos.

6 Detalhamento das etapas para a realização do ensaio.
Atender a todos os requisitos de segurança aplicáveis (Utilizando EPIs e solicitação de P.T - Permissão de Trabalho antes do início do trabalho.
- Preparar a suspensão de partículas magnéticas e colocar para decantar no tubo tipo pêra por 30 minutos;
- Preparar a superfície a ser ensaiada com uma escova manual ou rotativa ( se necessário, usar esmerilhadeira);
- Limpar com solvente toda a área a ser inspencionada (solda + 25 mm para cada lado);
- Verificar a temperatura com pirômetro de contato (Máximo - 57 graus C);
- Utilizar luminária auxiliar para realizar o ensaio e verificar a intensidade de luz com o luxímetro ( Mínimo 1 000 lux.);
- Realizar teste de levantamento de massa (5,5 Kg), no início do trabalho e a cada 8 hs. de trabalho com o máximo de espaçamento entre as pernas do yoke ( utilizar somente yoke aprovado);
- Certificar que a concentração do banho encontra-se entre 1,2 e 2,4 ml e corrigir a suspensão se necessário;
- Realizar teste de sensibilidade com indicador de campo magnético;
- Magnetizar a peça. Aplicar as partículas magnéticas via úmida por pulverização ou derramamento sobre a área de interesse do ensaio e remover com leve sopro o excesso, com aplicação da força de magnetização atuando ( Método Contínuo), seguindo o esquema de sobreposição para junta em ângulo, conforme item 4 desta instução.

7 Registro e Classificação dos Resultados do Ensaio.
Todas as indicações deverão ser identificadas e mapeadas para aplicação do Critério de Aceitação conforme item 19 do Procedimento PR 003, o qual só poderá se aplicado por Inspetor Qualificado como N2 pelo SNQC/END.

8 Relatório dos Resultados.
O relatório deverá ser preenchido seguindo o modelo do Anexo 1 e 2 do Procedimento, constando de todas as informações sobre a peça e os dados de realização do ensaio.

12 novembro 2006

INFOR 06 - Parte A - Instrução Técnica Resolvida.

Seguindo o passo a passo do INFOR 05 - Parte B, descrevemos abaixo uma Instrução Técnica P.M - Via Seca.

Material: Aço Carbono
Equipamento: Compressor de gás
Temperatura: 105 graus C
Luminosidade: 560 lux
Condição da superfície: Bruta de Fundição.

Parte a ser examinada: Carcaça - Inspeção na superfície externa após a fabricação da carcaça do compressor, detectar descontinuidade de fundição.

1 Introdução

Esta Instrução Técnica tem como objetivo a realização de ensaio por partículas magnéticas através da técnica do yoke na carcaça do compressor de gás de aço carbono , com a finalidade de detectar descontinuidade de fabricação em fundição , utilizando-se como documento de referência o Procedimento PR-003 Rev. 4 (Março/2004) e Norma ASME - Seção V Ed. 2001.

2 Pessoal Autorizado.
A realização do ensaio deverá ser feita somente por pessoal qualificado pelo Sistema Nacional de Qualificação e Certificação
(SNQC/END) como PM-N1-Y ou PM-N2-FFY.


3 Produtos e Equipamentos a serem utilizados e requisitos adicionais.
A Inspeção será realizada utilizando a técnica do yoke partícula magnética via seca colorida.
- Yoke eletromagnético de corrente alternada;
- Partícula Magnética via seca colorida;
- Pirômetro de Contato;
- Luxímetro;
- Bloco Padrão de 5,5 Kg;
- Indicador de Campo Magnético;
- Luminária Auxiliar;
- Trena Calibrada.


4 Produto (descrição ou desenho, incluindo área de interesse a propósito do ensaio).
Realizar o ensaio por P.M em toda a superfície da carcaça da bomba de aço carbono com o propósito de detectar defeitos de fabricação, seguindo o esquema de sobreposição abaixo:
· Galera! Neste ponto da I.T, fazer o desenho conforme o PR 003 Técnica de Sobreposição Item 13.1.


5 Condição do Ensaio e Preparação do Ensaio (END)
Toda a superfície da peça deverá ser ensaiada e deve estar seca e livre de carepas, graxas , óleo, fluxos, escória, tintas e outros materiais que possam interferir na execução do ensaio.A superfície deverá ser preparada usando escova de aço manual ou rotativa caso seja necessário, utilizar esmerilhadeira para remoção de arestas e corpos estranhos.

6 Detalhamento das etapas para a realização do ensaio.
Atender a todos os requisitos de segurança aplicáveis (Utilizando EPIs e solicitação de P.T - Permissão de Trabalho antes do início do trabalho.
- Preparar a superfície a ser ensaiada (utilizando escova manual ou rotativa);
- Verificar a temperatura com pirômetro de contato (máximo 315 graus C);
- Limpar com solvente a superfície a ser ensaiada;
- Verificar a intensidade da luz com o luxímetro (mínimo 1 000 lux);
- Utilizar a luminária auxiliar para a realização do ensaio;
- Realizar teste de levantamento do peso padrão com massa de 5,5 Kg;
- Realizar teste de sensibilidade com indicador de campo magnético;
- Magnetizar a peça. Aplicar as partículas magnéticas via seca de tal forma que produza uma camada leve em forma de poeira, assentando-se sobre a superfície da peça enquanto esta estiver sendo magnetizada. Remover o excesso com leve sopro com a aplicação da força de magnetização atuando (Método Contínuo), seguindo o esquema se sobre posição proposto no item 4 desta instrução.


7 Registro e Classificação dos Resultados do Ensaio.
Todas as indicações deverão ser identificadas e mapeadas para aplicação do Critério de Aceitação conforme item 19 do Procedimento PR 003, o qual só poderáse aplicado por Inspetor Qualificado como N2 pelo SNQC/END.

8 Relatório dos Resultados.
O relatório deverá ser preenchido seguindo o modelo do Anexo 1 e 3 do Procedimento, constando de todas as informações sobre a peça e os dados de realização do ensaio.